Sempre que me perguntam porque Deus deixa acontecer coisas ruins com pessoas "inocentes"; costumo responder esta questão usando uma frase de Baruch Spinoza: “As coisas nos parecem absurdas ou más porque delas só temos um conhecimento parcial e estamos na completa ignorância da ordem e da coerência da natureza como um todo. ”

domingo, 16 de julho de 2017

Imperfeição Consciente


Créditos a Foto
Não espere perfeição daqueles que seguem Jesus, eles o fazem justamente porque reconheceram suas limitações e necessitam desesperadamente de um Salvador para suas vidas. (Frase de Josemar Bessa, adaptada por José Luiz).

Este é um erro dos mais comuns cometidos por céticos quando o assunto é religião. Buscam nos que crêem falhas para justificar sua descrença e incredulidade, certamente encontram, porque se existe algo que temos de sobra, são falhas.

Não somos diferente de ninguém, apenas temos nossos "defeitos" evidenciados quando nos declaramos cristãos. Esta tentativa de justificar com argumentos contrários apontando nossas falhas, é uma estratégia pouco inteligente já que a primeira coisa que nos move para Deus, é o reconhecimento dos nossos pecados e a total dependência de Sua misericórdia. "...Todavia, não há um só justo na terra, ninguém que pratique o bem e nunca peque.." Eclesiastes 7:20 
Isto me faz lembrar minha época de escola, nunca fui bom em português, me saia melhor em matemática, mas quando recebia uma nota não muito boa, minha reação era querer saber quanto meus colegas tinham tirado para ver ser era igual ou inferior a minha, assim poderia ficar "tranquilo", afinal não ficaria sozinho naquela situação.
Sem entrar nos detalhes da inveja e o egoísmo desta atitude, hoje sabemos que o ideal é sempre nos espelhar nas melhores notas, desejar melhor "sorte" para nossos colegas, buscar ultrapassar nossos limites e focar em um objetivo que seja maior que nós. É exatamente isto que fazemos quando admitimos nossos pecados, conseguimos enxergar melhor a situação, nossas limitações e fraquezas, reconhecendo a necessidade de Deus.

Campo Das Provocações:

Vejo matérias e videos postados por críticos nas redes sociais sobre "pastores" cometendo verdadeira barbaridades nos pulpitos de suas igrejas. Sem qualquer pretensão de generalizar, mas muitos destes vídeos são colocados por alguns ateus, agnosticos, pessoas de outras religiões e crenças, como se nós, cristãos sérios não soubéssemos que gente assim existissem, ou que, talvez, nos sentissemos enganados por estes "pastores". 

Para estas pessoas, queria esclarecer que Deus nos alertou sobre isto a mais de dois mil anos atrás através das Escrituras Sagradas, que falsos profetas  e mestres surgiriam e se possível tentaria enganar até os escolhidos:

2 Pedro 2:1,2 e 3
"Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade; também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita."

Podem encontrar também em Mateus 7:15 - Mateus 24:5 - Mateus 24:24 - Atos 20:29,30....Estes são apenas alguns alertas que temos sobre este assunto, não nos escandalizamos quando vemos vídeos deste tipo nas redes sociais, sentimos piedades por aquelas pessoas, nos entristecemos por suas vidas, mas, infelizmente, não nos surpreendemos mais.


Cristão Comprometido:

Um cristão comprometido com a verdade, não fala de si com soberba, não exalta suas qualidades, não expõe suas virtudes, não se ilude com suas capacidades porque sabem muito bem que nada vem dele mesmo e sim do Senhor nosso Deus.
Não sabemos quando Deus vai agir, se vai agir em determinadas situações, como será ou quando será... não sabemos nada, apenas anunciamos Sua Palavra com a capacitação que Ele deu a cada um conforme Sua vontade.

Não temos respostas para muitas perguntas que são feitas e mesmo assim não deixamos de crer. Muitos pregadores acabam por cair justamente nesta "armadilha", querem passar uma ideia errada que temos resposta para tudo, acabam por falar coisas, as vezes até com boas intenções, mas que não condiz com o nosso conhecimento.
Não espere de nós pessoas perfeitas e com atitudes "sensatas" sempre, lembrem-se, quando estamos divulgando a Palavra de Deus, é da vida de Jesus que estamos falando e não da nossa e dependemos desta Palavra da mesma forma daqueles que estão ouvindo.
Se querem comparar a vida de alguém que fala sobre Deus com suas atitudes no dia a dia, leia os Evangelhos e faça esta comparação da vida de Jesus com tudo aquilo que Ele pregava, esta é uma comparação mais justa.

Meu texto anterior fala justamente sobre a tolerância, das opiniões que precisam ser respeitadas e que haja liberdade para as pessoas manifestarem seus pensamentos. O que não podemos aceitar são ataques infundados que colocam todos os cristãos sérios e os "ditos cristãos" em um mesmo "saco" como se tivéssemos o mesmo grau de comprometimento com Deus.

Ao contrário do que podem pensar estas pessoas, não me ofende ver estes vídeos postados nas redes sociais, estou muito tranquilo quando a isto, mas me compadeço por estas pessoas, as que aparecem nos vídeos e as que postam com a intenção de provocar,  ambos precisam da mesma compaixão e assim como todos nós, da misericórdia de Deus.


Meus dois últimos alertas são para aquelas pessoas que se deixam enganar por estes falsos mestres: 
Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim; …”  João 5:39  (Bom ler todo o capítulo) 

Respondeu-lhes Jesus: A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, há de saber se a doutrina é dele, ou se eu falo por mim mesmo. Quem fala por si mesmo busca a sua própria glória; mas o que busca a glória daquele que o enviou, esse é verdadeiro, e não há nele injustiça…”   João 7:16 ao 18. (Bom ler todo o capítulo)


                                                                                                            José Luiz de Paiva


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