Sobre o aborto, a grande maioria que defende a pratica
dizem que a mulher é dona de seu corpo e tem todo direito de decidir, outras
pessoas classificam como uma questão de “saúde publica”.
É fato que não podemos prever o futuro,
independente da personalidade que está se formando dentro de um útero, mas a
questão é que se trata de uma vida, como tal merece ter os mesmos direitos que
qualquer outra pessoa que já respira aqui fora.
Ora, é inegável o fato que a partir da concepção o
feto já é vida, então não se trata apenas do corpo da mulher, a criança
que está sendo gerada não pode, ainda, se defender.
Veja o que diz o professor titular de bioética da
Unifesp, Dalton Luiz de Paula Ramos em uma matéria da Super Interessante de 6,
abril, 2012.:
“Ao nascer, a criança não fala, não anda e carece de
diversas características que só vai ganhar mais tarde. Mas nem por isso negamos
a ela a mesma dignidade de um adulto. Portanto, temos de reconhecer que a vida
intrauterina tem o mesmo valor, embora faltem ao feto vários traços que ele irá
adquirir depois”.
Apenas algumas comparações:
Se estamos falando de direito sobre a vida, e quanto a eutanásia?
Se estamos falando de direito sobre a vida, e quanto a eutanásia?
Em alguns casos o próprio doente tem consciência do
seu estado clínico, desenganado pelos médicos, sem qualquer chance de cura e
convive com o sofrimento, mesmo assim a lei diz que ele, ou alguém responsável, não pode tirar a sua vida deliberadamente.
Outra questão é quando alguém sobe no topo de um
prédio ou de uma ponte e tenta se jogar, caso ele seja capturado pelas
autoridades é preso, porque tentou tirar sua própria vida, mas se é “dela”
por que não pode tira-la?
Estas são apenas algumas incoerências da nossa
sociedade e que não consigo compreender. Com estas comparações não estou
me posicionando a favor da eutanásia ou do direito de se jogarem de prédios e
viadutos, apenas acho curioso como certas questões só valem para
determinados propósitos.
Alguns raciocínios são curiosos, pessoas que são donas
de suas faculdades mentais, capazes de decidir por si não podem atentar contra
sua própria vida, mas um ser indefeso, incapaz de se defender, este pode sofrer
as consequências das atitudes de terceiros. Além disto tudo, o fato é que
qualquer pessoa que tira a vida de outra pessoa, está cometendo um crime.
A saúde publica não é uma justificativa.
A saúde publica não é uma justificativa.
Com respeito a saúde pública, ela também se dá por
orientação, por um governo que investe em hospitais, escolas, trabalho,
melhores salários, transporte, lazer, cultura e outras tantas coisas em favor
da população.
Se mulheres morrem como resultado do procedimento de
aborto, não podemos atribuir a isto as condições a que foram feitas e sim ao
fato de que, no mínimo, três pessoas estão cometendo um crime, o médico por
fazer e os pais por concordarem. Não podemos distorcer os fatos.
Um homem e uma mulher quando chegam ao ponto de
engravidar, sim, porque a responsabilidade é de ambos; não importa mais sua
situação financeira, idade ou que tipo de relacionamento mantém com sua
parceira, o fato é que geraram uma outra vida e terão que conviver e assumir a
responsabilidade do que fizeram.
Se de fato, ao nascer, perceberem que não há condições
financeiras ou emocionais para criar um filho, devem procurar ajuda nos órgãos
públicos competentes e resolverem esta questão de uma forma legal.
Pessoas favoráveis ao aborto tentam se defender
dizendo que um embrião não é de fato uma vida nas primeiras semanas de
gestação, mas esta certeza nem mesmo a ciência tem, na mesma matéria da Super
Interessante de 6, abril, 2012, vemos:
“O feto é obviamente humano”, afirma o biólogo José
Roberto Goldim, professor de bioética da UFRGS. “A questão é decidir quando ele
se torna uma pessoa com direitos, e isso não pode nem deve ser estabelecido
pela ciência”. A opinião de Goldim faz sentido, até porque a ciência não tem
apenas uma resposta, mas várias. No processo de desenvolvimento embrionário, há
cerca de 20 etapas que, segundo os cientistas, podem ser apontadas como o
momento em que o feto se torna um indivíduo.”
Recentemente me deparei com este texto e fiz questão
de transcreve-lo aqui porque cabe muito bem como exemplo de vidas que
poderiam ter sido podadas.
"Pai asmático, mãe tuberculosa. Quatro irmãos: um
cego, outro surdo; um morreu e o quarto também tuberculoso. Recomendaria o
aborto?
Você estaria sendo a favor da morte do músico mais
brilhante do universo: Beethoven.
Um homem branco viola uma menina negra de 13 anos e
esta fica grávida. Indicaria o aborto?
Você teria incentivado a morte de uma das cantoras negras
mais famosas do mundo: Ether Walters.
Uma senhora engravida. Ela já tem muitos filhos, seu
esposo foi para guerra e lhe resta pouco tempo de vida… Em caso de aborto, o
abortado da vez seria João Paulo II.
Uma jovem está grávida. Não está casada e o seu noivo
não é o pai do bebê. Se o aborto fosse o melhor caminho, sabe quem teria
deixado de vir ao mundo?
Jesus Cristo.
Ah, já ia me esquecendo... Dois jovens recém casados,
esperando um bebê, cheios de planos para futuro, recebem a notícia de que sua
filha nasceria sem os braços, cheia de limitações e que certamente morreria nos
primeiros cinco minutos. Vocês indicariam o aborto?
Se sim, vocês teriam ajudado a matar alguém que já
está com 20 anos; que estuda Psicologia, dá palestras motivacionais e é
completamente apaixonada pela vida: EU!"
- Solyana Coelho
Créditos:
Texto:
José Luiz
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