A evolução da
humanidade vem como ondas em um mar agitado, quando passam muitas coisas em seus caminhos não são mais como antes, é inevitável. O que estas ondas da evolução trazem de novidade e nos influenciam em nosso relacionamento com Deus, é o que precisamos nos perguntar.
Continuamos
compreendendo a necessidade de estar com Ele, mas se observarmos vamos perceber
que, conforme evoluímos, sofremos uma forte tendência em molda-Lo ao nosso
comportamento, estamos vivenciando um processo de inversão de valores.
Os otimistas acreditam que
tudo ficará bem e na hora certa as coisas se resolverão, como se Deus trabalhasse
sempre ao nosso favor, bastando para isto viver dentro da “moral” da qual cada
um tem a sua.
Esta teoria pode
funcionar as vezes quando pedimos socorro a Deus em favor aos nossos problemas
diários, falta de emprego, dividas e saúde, mas não são estas ações que
determinam nossa caminha com o Pai.
Quando perguntamos quem
acredita realmente em Deus, o percentual de “sim” é sempre maior do que aqueles
que não acreditam, mas mesmo entre os que crêem, muitos ainda pecam na forma
como encaram suas crenças.
Nos dias atuais
percebemos muitas pessoas tratando a Deus da mesma forma que agem com os seus
pais: Respeitam, amam e tem um certo temor, mas quando atingem uma certa idade
já não aceitam que eles participem e se envolvam em grande parte de suas vidas.
As vezes saem de casa,
vão morar sozinhos ou se casam, aquela figura paterna começa a se resumir aos
finais de semana, telefonemas, visitas quando estão com saudade ou se necessitam
de algo.
Mesmo aqueles que
conseguem manter um relacionamento diário com seus pais, entendem que já não
existe mais aquela dependência, passam a tomar suas próprias decisões e só
partilham com eles os resultados.
Podemos atribuir estas
atitudes ao processo de evolução pessoal, do amadurecimento e como parte do
pacote de responsabilidades dos quais precisamos assumir.
É bom que se saiba,
embora tenhamos Deus como nosso Pai, não podemos agir da mesma forma com Ele.
.
Esta caminhada que nos
leva ao amadurecimento pessoal traz muitas distrações em todos as direções que
escolhermos seguir, sejam elas agradáveis ou não.
Ouvi um sermão
recentemente onde o pregador descreveu os três tipos de dificuldades que
acontecem em nossas vidas.
Primeira: Dificuldades
que poderiam ser evitadas. Aquelas que são resultado de nossas escolhas, quando
escolhemos fazer a coisa certa evitamos que aconteça.
Segunda: Dificuldades
que não podem ser evitadas, mas podem ser resolvidas. São aquelas que acontecem
independente de nossas escolhas, mas que somos capazes, através de nossas
atitudes resolve-las.
Terceira: Dificuldades
que não podem ser evitar e tão pouco serem resolvidas. São aquelas que
acontecem sem nenhuma interferência de nossa parte e que não somos capazes de
resolve-las, precisamos aprender a conviver com ela.
Seja ela qual for um dia teremos que enfrenta-la, independente da nossa vontade, mas
a boa notícia é que temos opções de como queremos passar por elas, sozinhos ou
acompanhados.
Geralmente quando temos
um problema de saúde e precisamos ir ao médico, principalmente quando pensamos
ser algo grave, costumamos levar um amigo ou alguém da família. Esta pessoa que
nos acompanha não mudará o diagnóstico, mas certamente nos deixará mais calmos
e confortados, a presença dela nos da a sensação de que não estamos sozinhos neste problema.
É exatamente o que Deus
nos oferece, nunca nos deixar sozinhos em qualquer que seja a caminhada, por
mais simples ou ingrata. Ele estará ao nosso lado se assim quisermos e com a
diferença que a qualquer momento poderá mudar a situação a nosso favor.
Mas por que Ele simplesmente não nos poupa destas situações ao invés de estar ao nosso
lado ao enfrenta-las?
Não conheço outra frase
escrita por um homem que consiga explicar isto de forma mais simples como a de
Baruch Spinoza:
“As coisas nos parecem absurdas ou más porque delas só temos um conhecimento
parcial e estamos na completa ignorância da ordem e da coerência da natureza
como um todo. ”
Exatamente isto, as
coisas nos parecem absurdas porque não a compreendemos de forma completa,
vivemos aqui entendendo apenas o que nos cabe compreender. “… Senhor Deus, me
diga o que preciso fazer e farei; não compreendo o que está acontecendo, mas me
dê forças para resistir e enfrentar aquilo que me é possível, pois sei que o
impossível o Senhor fará…”
Para fazer e crer nesta
simples oração a Deus precisamos de fé e não apenas do intelecto, sem qualquer
apologia a ignorância.
“Ora, a fé é a certeza
daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos. Pois foi por meio
dela que os antigos receberam bom testemunho.
Pela fé entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de modo que o que se vê não foi feito do que é visível...” Hebreus 11:1,2,3.
Pela fé entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de modo que o que se vê não foi feito do que é visível...” Hebreus 11:1,2,3.
Talvez o exercício
maior que uma pessoa possa ter na vida é praticar a fé, parece que fomos
condicionados a crer apenas em nossos olhos, aquilo que podemos enxergar, convém
lembrar o que Jesus disse a Tomé: “…Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste?
Bem-aventurados os que não viram e creram.” João 20:29
Ciente da nossa
incredulidade, Jesus disse que se a nossa fé fosse do tamanho de um grão de
mostarda (o menor grão que existe), seriamos capazes de remover montanhas.
Mateus 17:20.
Somos falho, não temos
a perfeição em nossas atitudes, é normal sentir medo, fraquezas e tristezas,
mas o contrário também é verdadeiro. Podemos ser pessoas corajosas, fortes e
felizes alternando estes sentimentos de contrapartida, afinal somos humanos e
não devemos nos cobrar tanto.
O princípio da
sabedoria é entender que estamos sempre em processo de aprendizagem e que estes
ensinamentos são infinitos, aqui nunca seremos donos de toda a verdade ou a
compreensão total do porque enfrentamos situações dolorosas.
Isto é a fé, uma ação
seguida por uns, rejeitada por outros e que perdura desde a criação do homem.
Alguns acham que simplesmente ter fé é pouco, outros tem a certeza que é o suficiente para se
viver.
São dois pensamentos
extremos, mas não podemos viver uma vida entre eles, ou cremos em Deus e isto
implica em Conhece-lo mais profundamente do que fazemos hoje, ou deixamos a
vida nos levar sem compromissos fadados a nossa própria sorte.
Se formos honestos com
os nossos sentimentos, vamos perceber o quanto é difícil controla-los e ainda a
dificuldade maior em controlar nossos pensamentos sem a ajuda de Deus. Alguns preferem
moldar um "deus" que se enquadre em sua própria moral, fazem isto na
tentativa de amenizar a culpa por suas atitudes. Acredite, a única coisa que conseguirá com isto e criar um cumplicie imaginário para seus erros.
Lembrem-se do que disse
Jesus: “..Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus,
mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” Mateus 7:21
Soli Deo Gloria
José Luiz de Paiva
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