“Você é um entre 6,4
bilhões de indivíduos, pertencente a uma única espécie, entre outras três
milhões de espécies classificadas, que vive num planetinha, que gira em torno
de uma estrelinha, que é uma entre 100 bilhões de estrelas que compõem uma galáxia,
que é uma entre outras 200 bilhões de galáxias num dos universos possíveis e
que vai desaparecer.
É por isso que todas as
vezes na vida que alguém me pergunta: 'Você sabe com quem está falando?', eu
respondo: 'Você tem tempo?' "
Esta é a definição escrita por Mário
Sérgio Cortella.(link abaixo), muito bem detalhada de quem somos no
universo, em resposta a arrogância de algumas pessoas.
Mas
segundo o cristianismo, quem somos?
Vamos
tentar explicar em uma abordagem simples.
Todo cristão entende sua condição de
pecador, para nós a consciência de que nascemos assim é bem clara, necessitamos
do amor e do perdão de Deus durante nossa vida. Somos vulneráveis ao pecado,
mas ao mesmo tempo consolados no amor e no perdão de Deus.
Ao contrário
do que muitos pensam, o cristão não é (não deveria ser), uma pessoa arrogante,
dono da verdade ou melhor do que qualquer outra pessoa, mas reconhecemos a nossa condição de fragilidade, necessidade e dependência de Deus.
Todo cristão entende que ao falar de Deus, o importante é que Ele cresça no conceito de prioridade na vida das pessoas, enquanto nós que semeamos, diminuímos como referencias, assim como está escrito em João 3:30.
Todo cristão entende que ao falar de Deus, o importante é que Ele cresça no conceito de prioridade na vida das pessoas, enquanto nós que semeamos, diminuímos como referencias, assim como está escrito em João 3:30.
Gosto
muito da passagem em I Corintios 3: 4 à 7, onde Paulo explica sobre as
alegações de pessoas que discutiam sobre preferencias, uns achavam as pregações de Apolo melhores, enquanto outras preferiam as de Paulo, além disso ele nos diz o que representamos na vida das pessoas enquanto semeadores da Palavra:
“.…Pois, quando alguém alega: “Eu sou de
Paulo”, e outro “Eu sou de Apolo”, não estais agindo absolutamente segundo os
padrões dos homens? Quem é, portanto, Apolo? E quem é Paulo? Servos por
intermédio dos quais viestes a crer, e isto conforme o ministério que o Senhor
concedeu a cada um. Eu plantei; Apolo regou; mas foi Deus quem deu o crescimento.
De forma que nem o que planta nem o que rega são de alguma importância, mas
unicamente Deus, que realiza o crescimento.…”
Somos diferentes uns dos outros na forma de agir, mas iguais enquanto seres humanos. Paulo não se achava melhor que Apolo e sim igual em sua insignificância diante da importância de Deus.
Insto não quer dizer que somos insignificantes para Deus, de forma alguma, somos a Sua criação.
Insto não quer dizer que somos insignificantes para Deus, de forma alguma, somos a Sua criação.
Somos humanos, falhos e por vezes arrogantes, mas ao falar sobre Deus não é a nossa vida que está sendo exaltada, o cristão não se julga superior, apenas tem seus conceitos definidos, dos quais não podemos aceitar determinadas praticas e formas de se viver, estaríamos traindo nossa fé.
O pecado é acessível a
todos, cristãos ou não, estamos sujeitos aos erros e as falhas, a diferença é que
procuramos um posicionamento diferente diante do pecado, o que não quer dizer
que não aconteça.
Falar sobre Deus e levar Sua Palavra, não quer dizer que sabemos tudo sobre Ele, seria como se acreditássemos que a
grandeza de Deus coubesse dentro de nossa pequena mente humana, isto é
impossível.
Gosto muito da humildade de Paulo quando escreve aos Coríntios, ele diz que sua missão
era plantar, outros com a mesma fé, passariam para regar, mas o crescimento só
poderia vir de Deus.
Somos
semeadores, outros regadores, nada mais que isto, nosso conhecimento é limitado dentro do que
Deus nos revela e o restante é pela fé.
Por
isto penso que as nossas diferenças não deveriam ultrapassar o limite do que é
pessoal, causando conflitos e inimizade entre as pessoas e no que elas acreditam.
Só o Espírito Santo de
Deus quem dá o crescimento, é Ele quem faz o véu do entendimento cair dos olhos
para que a verdade possa surgir, o poder de converter vem de Deus.
As
vezes esquecemos nossas obrigações ao nos preocupar com coisas que só Deus
pode fazer, deixamos de orar e nos enfurecemos com as pessoas que manifestam
pensamentos contrários, como se nossa briga fosse com a carne. Deixamos de
regar o coração das pessoas através da oração o que já foi plantado, nosso
privilégio dado por Deus em ser um instrumento em suas mãos cai por terra com a
nossa ignorância em querer ser as próprias “mãos” que transformam uma vida.
Isto
sim é arrogância.
Em I
Pedro 1: 24,25: “..Porque: Toda a carne é
como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a
sua flor; mas a palavra do Senhor permanece para sempre. E esta é a palavra que
vos foi evangelizada.”
Com
diz ai, nossa carne se vai, nossas conquistas pessoais desaparecerão, mas a
Palavra de Deus permanecerá, não podemos perder o foco e pensar que somos
diferentes, isto é arrogância. Somos seres humanos aos quais, na fé que temos
em Cristo, todos precisamos de amor e oração.
Para
aqueles que não compartilham da mesma fé, é bom que saiba que todos os cristãos
lutam diariamente contra sua própria carne, pois somos pecadores, nosso coração
semeado necessita diariamente de crescimento do Espírito Santo, através da oração, assim
como no coração de qualquer pecador. A diferença é que reconhecemos a nossa dependência e descansamos no amor, na
bondade e no sacrifício de Jesus por nós.
Soli Deo Gloria
José Luiz de Paiva
Trecho inicia de Mário
Sérgio Cortella, extraído do site: para ver clique Aqui