Sempre que me perguntam porque Deus deixa acontecer coisas ruins com pessoas "inocentes"; costumo responder esta questão usando uma frase de Baruch Spinoza: “As coisas nos parecem absurdas ou más porque delas só temos um conhecimento parcial e estamos na completa ignorância da ordem e da coerência da natureza como um todo. ”

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Despecabilizando o Pecado

“No mundo todo havia apenas uma língua, um só modo de falar. Saindo os homens do Oriente, encontraram uma planície em Sinear e ali se fixaram.
Disseram uns aos outros: "Vamos fazer tijolos e queimá-los bem". Usavam tijolos em lugar de pedras, e piche em vez de argamassa.

Depois disseram: "Vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus. Assim nosso nome será famoso e não seremos espalhados pela face da terra". O Senhor desceu para ver a cidade e a torre que os homens estavam construindo.

E disse o Senhor: "Eles são um só povo e falam uma só língua, e começaram a construir isso. Em breve nada poderá impedir o que planejam fazer.

Venham, desçamos e confundamos a língua que falam, para que não entendam mais uns aos outros".

Assim o Senhor os dispersou dali por toda a terra, e pararam de construir a cidade. Por isso foi chamada Babel, porque ali o Senhor confundiu a língua de todo o mundo. Dali o Senhor os espalhou por toda a terra.” Gênesis 11: 1-9

Este texto sempre me vem à mente, quando me deparo com questões e discussões sobre as quais não conseguimos mais chegar a um denominador comum hoje em dia. Aliás, os denominadores parecem pertencer exclusivamente a determinadas classes e militâncias. 

Estamos a viver uma geração de "entendidos", pessoas que se recusam a ouvir "não", cheias de certezas e pouco interesse para aprender, a não ser aquilo que reforça seus argumentos. Uma geração de "despecabilizadores".

Devo confessar que criei esse neologismo inspirado em um áudio de alguém tão indignado quando eu mesmo, mas ele usava uma palavra um pouco ofensiva e que não caberia repetir neste texto. Por isso, tomei a liberdade de reproduzir um trecho da sua fala, substituindo essa palavra: 

“Despecabilizando o pecado: Vivemos uma geração incapaz de fazer uma autocrítica, de reconhecer defeitos, incapaz de ouvir “não”! Por isso, a aversão à Bíblia, porque lá pecado é pecado e ponto final. A lei é boa e o ser humano é ruim, ponto. Mas a geração “despecabilizadora” muda a lei para que o homem seja bom, mesmo cometendo o pecado...”

Não poderia concordar mais com ele. Diferentemente do texto bíblico citado, não estamos a nos entender hoje, ainda que falando o mesmo idioma: uma Babel às avessas”.

Conseguimos entender povos de diferentes nações, mas perdemos a capacidade de compreensão, mesmo quando estamos dentro de uma mesma família.

Estamos prontos a questionar e, em muitos casos, passamos horas a discutir assuntos e terminamos sem chegar um acordo. Aqueles que observam com atenção, percebem que, muitas vezes, os dois lados defendem o mesmo posicionamento, compartilhando a mesma opinião, mas se expressando de maneiras diferentes.

A impressão que tenho hoje é de que a questão colocada não tem tanta importância quando o poder por trás de cada posicionamento e o quanto ele favorece interesses de uma minoria.  

Nunca sentimos tanto a necessidade de conhecer a diferença entre “ouvir” e “escutar”, pois hoje muitos acreditam que possuem o mesmo significado, justamente porque apenas ouvem, mas nunca escutam.

Os jovens criaram um termo para pessoas assim: “turma da lacração”. Para quem não sabe, são aqueles que vivem em torno de controvérsias, que buscam polemizar tudo e, com isso, acabam manipulando o sentido de tudo que é colocado.

A situação ficou tão séria que acabamos com reputações sem mesmo "escutar" as pessoas envolvidas. Aqueles que ainda compartilham o bom senso sentem-se limitadas na manifestação de suas opiniões para não sofrerem ataques que, infelizmente, acontecem com frequência, a não ser quando a situação favorece a "militância" que criou a polêmica.

As opiniões não possuem poder de lei, constituindo apenas uma forma como entendemos determinadas situações. Para as pessoas moderadas, podemos mudar de ideia, quando nos deparamos com explicações contrárias, mas plausíveis.

"Solte Barrabás! Crucifique Jesus!". Essa era a voz de uma multidão manipulada por sacerdotes da época para condenarem Jesus. O povo se rendeu à manipulação e gritaram: "Solte Barrabás! Crucifique Jesus!" . Podemos ler isso em Marcos 15: 11-15.

Soltamos um criminoso e sentenciamos à morte o Filho de Deus. Certamente estamos falando do ápice da manipulação, mas não se enganem: ao cometer esse tipo de injustiça nos dias de hoje, estamos menosprezando o sacrifício de Jesus.

"Despecabilize o pecado! Crucifiquem os que pensam diferente!" Esse é o grito de ordem desta geração que, embora não o verbalize, fazem muito pior: estão a viver dentro desse conceito.

Estamos a colocar de lado o ideal de moral descrita na Bíblia, que é respeitada até por incrédulos. Esse ideal que nos tem guiado por décadas está sendo rapidamente substituído por uma prática de mentiras criadas por militantes “despecabilizadores”.

Esses não querem te escutar. Apenas ouvem e rapidamente descarregam suas “certezas” como verdades absolutas, sem dar qualquer margem a dúvidas e qualquer intenção de ponderá-las.

O fato é que estamos a nos afastar da moral que nos guia e que sempre nos livrou de catástrofes morais. Até mesmo incrédulos tinham como princípios tudo aquilo que conhecemos como certo e errado.

A Palavra de Deus através da Bíblia, como ela mesma se descreve no livro de Salmos 119: 105, sempre foi essa fonte de moral a nos guardar e manter até os dias de hoje: “Lâmpadas para meus pés é a tua palavra, e luz para meus caminhos”.

Estamos a viver tempos em que os “despecabilizadores” tentam apagar essa luz, mas a Palavra de Deus é eterna e não muda.

“Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer pois, que violarem destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado de menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus." Mateus 5:18,19.

Talvez convenha entender que seria mais honesto assumir que, apesar de tudo que a Palavra de Deus nos diz e alerta, ainda assim muitos preferem arriscar na escuridão ou no engano de outras “luzes”. Convém analisar se o que falta não é coragem para viver com as consequências ao invés de tentar afagar o ego na tentativa de “despecabilizar” o pecado.


Texto: José Luiz

Revisão: Ricardo Cano

 


quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Tradições, Evolução e Comportamento

Ao longo dos tempos, vivemos contabilizando os velhos hábitos que vamos perdendo e costumes que vão ficando no caminho. Tudo parece seguir dentro de uma normalidade; afinal, existe uma evolução natural, quanto mais a humanidade vai adquirindo conhecimento tudo tende a evoluir.

A evolução que vamos sofrendo neste percurso, atinge várias áreas de nossas vidas, mas nada me assusta tanto quando saímos do campo das tecnologias e entramos na área comportamental. 

Quando jovens nos sentimos um pouco incomodados ao ouvir relatos de como as coisas eram no passado, não podemos generalizar, mas existe uma tendencia entre os mais jovens em se apoiar na velha retórica: “Hoje os tempos são outros”.

Deixando o saudosismo de lado, realmente temos que admitir, os tempos são outros, afinal não ficamos parados, o calendário sempre está a nos alertar sobre isto e de forma natural vamos envelhecendo enquanto o mundo “evolui”.

Até aqui compreendemos que o tempo não pára e as coisas mudam, mas será que todas elas precisam mudar?

Estamos sempre aprendendo coisas novas e a evolução acontece em todas as áreas, mas se pararmos para pensar, talvez fosse melhor separar, quando falamos sobre tecnologias e quando nos referimos a usos e costumes.

Minha maior preocupação é nesta segunda parte, especificamente quando nos referimos a moral (ética), "evoluir" seria a palavra correta?

Esta questão me fez refletir sobre os limites e me motivou a deixar aqui a seguinte questão: Existe um limite para o que chamamos de "evolução"?

Em minha juventude existia uma expressão que muitas pessoas usavam quando falavam de suas expectativas para o futuro, que era: "O céu é o limite" (Apenas por curiosidade, O Céu É o Limite, foi o nome dado a um programa de televisão de 1955 no Brasil, sendo considerado o primeiro programa de perguntas e resposta da TV aberta, o chamado "Game Show"). Essa expressão aos poucos se popularizou e passou a ser utilizada como uma forma de dizer que nada era impossível quando se deseja alcançar um objetivo. 

Nada nos impede de crescermos intelectualmente, conhecer novas formas e facilidades, tudo faz parte do nosso crescimento. Parece ser impossível frear estas mudanças, mas será que todas elas cooperam para no nosso bem?

Quando analisamos superficialmente podemos até pensar que sim, mas quando prestamos um pouco mais de atenção, percebemos que estamos perdendo em algumas questões, algumas delas que sempre serviram de alicerces da sociedade, entre elas a moderação, empatia e o poder de se indignar.

 Moderação:

Algum tempo atrás, tudo (ou todos) que fugia aos padrões normais da época era discriminada, sofriam retaliações e censuras, mas hoje estamos vivendo o outro extremo e todas as opiniões parecem polarizadas. 

Sofremos com isto, porque precisamos tomar partido do que acreditamos, mas as reações dos que pensam diferente chegam aos extremos, não parece existir mais a compreensão e respeito mútuo. 

Empatia:

Estes extremismos que vivemos hoje nos impede de enxergar a necessidade que temos em compreender as pessoas, sentir o sofrimento que as aflige e estender as mãos para o ser humano que está a nossa frente. Independentemente de suas escolhas, não podemos optar por um radicalismo, apenas porque não concordamos como seu estilo de vida e sua maneira de ser.

Indignar:

Várias áreas de nossas vidas têm sofrido com estas mudanças no comportamento humano, como se tudo fosse natural, o certo e o errado perderam espaço. É comum hoje aceitar a forma como vivem algumas pessoas, simplesmente porque isto parece em nada interferir em nós, a necessidade de manter a amizade e o status de uma pessoa "moderna" fala mais alto.

Aceitar nas outras pessoas aquilo que elas vivem, não é a questão, podemos dizer que é até uma forma de empatia, o problema é não entender que aquela atitude ou ação, não condiz como os padrões éticos e morais. Podem agora estar a pensar: "Mas quem instituiu estes padrões?". 

Calma, vamos lá chegar. 

 O Céu é o Limite:

Passei minha juventude ouvido esta frase e nunca concordei tanto com ela como nos dias de hoje, não por seu suposto infinito, mas por sua representatividade, o Céu como a casa de Deus.

Deus deve ser o que nos limita, não aquele "deus" que cabe dentro dos nossos entendimentos, que foi forjado com a nossa "moral",  mas Aquele que transcende pensamentos e compreensões. 

Respondendo a pergunta: "Mas quem instituiu estes padrões?"  

Tudo aquilo que entendemos como moral (ética), vem da Palavra de Deus. Todas as leis sobre comportamento que sustentaram a humanidade até os dias de hoje, vem da Palavra de Deus e são estes os limites que esta modernização desenfreada está tentando banalizar, como se não tivessem mais importância. 

O pecado não quer mais o rótulo de "pecado", em sua arrogância, o pecador, não quer mais o rótulo de "pecador", a não ser quando pretendem justificar suas falhas. 

O mundo sempre nos ofereceu vários caminhos, mas a Palavra de Deus pede para nos posicionarmos, que não nos deixemos levar com o vento, esta é tal da porta estreita mencionada em Mateus 7:13,14.

"Entrai pela porta estreita; porque a larga é a porta, espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem."

Tenho aqui comigo que as pessoas que preferem a porta larga são como aquelas que um dia escolheram Barrabás ao invés de Jesus.

Para quem não conhece a história, Barrabás fazia parte de um grupo de rebeldes e tinha em seu currículo até mesmo assassinato. A Bíblia fala pouco dele e não conta o que aconteceu depois que foi libertado.

Na altura da Páscoa, o governador romano tradicionalmente soltava um judeu da prisão. Quando Jesus foi preso, o governador Pilatos viu que Ele era inocente e tentou defendê-lo, mas o povo não quis ouvir. Então Pilatos decidiu usar a tradição da Páscoa para libertá-lo. Ele deu uma escolha ao povo: soltar Jesus, que não tinha cometido nenhum crime grave, ou soltar Barrabás, um conhecido criminoso de mau caráter. Mas, contra suas expectativas, o povo escolheu Barrabás. Pilatos respeitou a escolha e soltou Barrabás, enviando Jesus para morrer na cruz. Marcos 15:6-15

Entrando um pouco no campo da especulação, poderíamos pensar que muitos que estavam na multidão conheciam Barrabás, sabiam do seu mal comportamento, mas não provocava mais indignação porque  viviam em seus extremos. Saindo agora do campo da especulação e falando com toda convicção, aquelas pessoas que escolheram Barrabás não conheciam o suficiente sobre Jesus e por isto o rejeitaram.

Consigo enxergar esta atitude nos dias de hoje, fechamos os nossos olhos ao pecado porque conhecemos pouco sobre a Graça de Deus e com isto somos solidários aos pecadores, aceitando suas atitudes, criamos dentro de nós um censo de "justiça" moderna e evoluída.

Felizmente não é assim que as coisas funcionam, podemos tentar modernizar muitas coisas, mas nunca a Palavra de Deus: "O céu e a terra passarão, mas as minhas Palavras jamais passarão…" Mateus 24:35

Na verdade a Palavra de Deus é sempre atual, presente em todos os nossos dilemas e questionamentos, porque Ela é viva. 

Muitas pessoas "boas" falam sobre Deus e até acreditam que suas atitudes são suficientes para agradá-lo, alguns até discutem sobre a Bíblia mesmo sem ter o hábito da leitura.

Para ser justos, podemos, também, mencionar aqueles dentro do ambiente cristão, que, infelizmente, são extremistas e em nome do que entende na Palavra não demoram em condenar os que pensam diferente dos seus ensinamentos e dogmas, como se tivesse este poder. 

Motivo Real Para Este Texto ter Nascido:

Quando pensei em escrever este texto, tinha em mente um assunto do qual me incomodava, mas resolvi falar antes sobre a evolução, usos e costumes, para tentar compreender onde foi que começamos a tomar caminhos diferentes.

O que motivou a escrever, aconteceu depois de uma conversa que tive com pessoas próximas sobre questões que que envolviam sexualidade, mais propriamente a homossexualidade.

Meus interlocutores colocavam esta questão como "algo normal", não sei se era a ideia que queriam me passar, mas dava a entender que a homossexualidade se trata apenas de uma forma que a "natureza" proporcionou ao ser humano para "corrigir" um erro no nascimento de determinadas pessoas. Para ser específico, o assunto se tratava sobre uma alguém que nasceu mulher, mas não se sentia assim. 

Por tudo que comentei anteriormente já podem imaginar meu ponto de vista, ao qual foi rebatido de imediato com os argumentos que era algo normal hoje e, também, "não existia nada na Bíblia que falasse contra isto". 

 Antes de ir além, é bom deixar claro que a questão nunca foi e jamais será o ser humano por trás disto tudo, mas a prática em si, a homossexualidade e não o homossexual, como bem relata em Efésios 6:12,13:

"Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mal e, havendo feito tudo, ficar firmes."

A sexualidade humana é complexa, isto nos afeta fisicamente, mentalmente e emocionalmente. Depois da queda, Deus nos deu leis espirituais para garantir que a sexualidade pudesse continuar sendo a bênção que Ele pretendia que fosse.

“E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a! …. Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne. ” Gênesis 1,27-28 e Gênesis 2,24.

Depois da queda, no entanto, os puros instintos sexuais das pessoas foram contaminados pelo pecado e de repente, eles ficaram envergonhados de sua nudez (Gênesis 3: 7,10-11). Despertaram-se desejos impuros, que viriam a assolar seus descendentes por todas as gerações.

O desejo sexual não é pecado, mas ceder a eles sim. Quando falamos sobre isto, estamos incluindo o sexo extraconjugal, pensamentos sexuais impuros e práticas homossexuais, como é descrito no Velho e no Novo Testamento. 

"Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é..." Levítico 18,22.

Todas as pessoas enfrentam provações e dificuldades na vida, tanto em suas circunstâncias físicas como em sua vida espiritual. Não viver de acordo com a orientação homossexual inata pode exigir, em algumas pessoas, um enorme sacrifício, mas Deus abençoa aqueles que vivem totalmente para Ele. Ninguém que tenha verdadeiramente desistido de tudo para servir a Deus, vai se arrepender. Ele só quer o melhor para nós.

“Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar. ” 1 Coríntios 10; 13.

Embora a Bíblia desaprove as práticas homossexuais, ela não apoia a homofobia ou o ódio aos homossexuais. Em vez disso, os cristãos são aconselhados a respeitar todas as pessoas (1 Pedro 2:17). 

Em Romanos 1:27 lemos: “E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. ”

Levítico 20:13: “ Se um homem se deitar com outro homem, como se fosse com mulher, ambos terão praticado abominação; certamente serão mortos; o seu sangue será sobre eles. ”

Voltando em Romanos 1: 24 a 27: "Por isso Deus os entregou, nas concupiscências de seus corações, imundícia, para serem os seus corpos desonrados entre si; pois trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente. Amém. Pelo que Deus os entregou a paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural no que é contrário natureza;" 

Em 1 Coríntios 6:9-11: “Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbedos, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. ”

Assim como podemos perceber, a Palavra de Deus não se exime de falar sobre este assunto, podemos recusar seus ensinamentos, mas jamais dizer que não fomos alertados.

Qualquer pessoa possui o direito de escolher a forma como deseja viver, até então não podemos interferir, a não ser respeitar. A questão é que hoje o nosso respeito não parece ser suficiente para algumas, querem a nossa aceitação, não apenas para a pessoa, mas também para suas práticas. Quando nos recusamos, muitos rótulos surgem, o mais comum é "homofóbico". 

Estas pessoas não percebem que estão agindo exatamente conforme as suas acusações, cerceando o direito de outras pessoas terem opiniões e viver de uma forma diferente.

Não temos o poder ou o direito de julgar uma outra pessoa, mas a Palavra de Deus, através do Espírito Santo, nos capacita a ter discernimento sobre o pecado, é por isto que precisamos nos posicionar. 

Meu coração estará sempre aberto para as pessoas, sejam quais forem suas escolhas, mas a certeza que tenho em Deus, me faz compreender as práticas que precisamos evitar, aquelas a que Ele condena.

 Por fim quero lembrar que não é com o meu posicionamento que precisam se preocupar, mas com o julgamento do Único que tem o direito de o fazê-lo e o fará. Deus.



sábado, 11 de julho de 2020

Amor e o Ódio

Não saberia explicar o amor, talvez diria que é um sentimento que nos faz ultrapassar limites do que julgamos racional. Já ouvi alguém dizer que o amor é o bem, enquanto o ódio é o mal, mas isto não define ambos, talvez apenas descreva, de forma superficial, o fruto de cada um deles. 
O que posso dizer é que existem muito mais pessoas que amam do que as que odeiam, a diferença é que aquelas que odeiam o fazem com convicção, e a convicção é um multiplicador de forças. 

Possivelmente tudo pode nos parecer lógico, os sentimentos são potencializados conforme a força que depositamos neles, a importância que damos aos fatos e o quanto estamos dispostos a permanecer dentro de uma situação que desencadeou este sentimento.
Dentro deste contexto, o amor só conseguirá se equilibrar ou ultrapassar o ódio, à medida que aqueles que amam demonstrarem o mesmo, ou mais convicção por trás do amor, quanto àqueles que odeiam demonstram por trás do ódio.  

Qual o objetivo disto, por que o amor precisa ser um sentimento a ser encarado com mais convicção e potencializado em nós?
O que me vem à mente para responder esta pergunta, é que o amor precisa ser sentido de uma forma muito mais abrangente do que o ódio de alguns, de tal forma que consiga alcançar os corações dos que odeiam e quebrantá-los; mudando-os e os transformando em mais uma fonte de amor.

O amor tem um poder incrível capaz de transformar,  Martin Luther King Jr, falou da importância do amor em um contexto politico, mas que nos serve como exemplo deste sentimento em qualquer contextualização: "O poder sem amor é imprudente e abusivo, e o amor sem o poder é sentimental e anêmico. O melhor do poder é o amor  implementando as exigências da justiça, e o melhor da justiça é o poder de corrigir tudo o que se opõe ao amor."
Bonitas palavras, mas é claro que estamos falando de um tipo de amor apenas, porque como comentei no inicio, não saberia explicá-lo em sua plenitude, mas podemos senti-lo quando nos dispomos.

O ódio não tem regras, ultrapassa limites, ignora sentimentos e muitas vezes consequências, mas o amor   nos leva a observar sentimentos, nos explica o significado da empatia e nos faz conviver uns com os outros dentro do que chamamos de "moral". Esta moral não é composta apenas por regras criadas por uma sociedade, vai muito além disto, Deus sempre foi a base de toda moral, tudo o que conhecemos como "certo" e "errado", respeitada até por quem não acredita Nele, mas que aos poucos alguns de seus limites estão sendo ultrapassados em busca de uma "tal liberdade", deixando para trás o que nos une. Tudo tem consequências e estamos passando por elas. 

Aqueles que aceitam e respeitam o poder de Deus em suas vidas, acabam por perceber um pouco mais sobre o amor, mesmo que não o compreenda plenamente, mas através da fé sabem se colocar como instrumento Dele. 
Não vivemos aqui em um mundo perfeito e o poder que temos de escolher, por vezes nos fazem tomar decisões controversas, muitas pessoas acabam por aceitar o que conhecemos como moral, mas recusam a Deus; outras aceitam a Deus, mas desprezam a moral e os mais extremos recusam a Deus e a moral. 

A desculpa mais comentada hoje é que precisamos nos adaptar ao tempos modernos, as coisas não precisam mais ser como antigamente. Será que é confortável pensar assim, afinal o que são mais de dois mil anos de experiência comparada com tudo o que temos hoje em dia?
Sim, usei de ironia nesta pergunta, me perdoem, mas estamos facilmente aceitando e nos adaptando às facilidade e isto pode nos custar muito caro. 
O poder de nos adaptar muitas vezes é o que nos leva ao fracasso, nem toda novidade é aceitável, estamos dando voltas em situações ao invés de resolvê-las. Existem coisas que precisam ser mudadas, outras que devem ser mantidas exatamente como são e que fique muito bem claro, tudo que sabemos sobre o certo e o errado veio de Deus, é esta moral, a mesma que nos manteve vivos até hoje. 

Certa vez Mario de Andrade afirmou: "As pessoas não debatem mais conteúdos, apenas os rótulos". É bom que possamos entender que nosso tempo está se tornando escasso demais para perder tempo com rótulos e coisas superficiais, precisamos da essência que é Deus, nossa alma tem pressa.

Amar não é fácil, aliás, nada que envolve Deus é, mas é a unica batalha que de fato vale nossos esforços. É importante escolher melhor nossas lutas, algumas delas não fazem parte do que somos, não valem o tempo que dedicamos e em nada  edifica. Não se trata de se render ou abrir mão de algo, mas de ser esperto, guardar forças  para o que de fato importa. 


Jesus é o que importa, é o único capaz de nos encher com o verdadeiro amor, aquele do qual não sei explicar, mas sei muito bem que existe, porque Ele morreu na cruz por nós e chegou a hora de fazermos a nossa parte. Os que odeiam, os gananciosos e os mentirosos falaram alto por tanto tempo, que o amor precisa parar de sussurrar e começar a gritar em nós. 

Por fim, queria terminar com uma pergunta que me foi feita a muitos anos atrás, em minha profissão de fé na escola dominical: "Quem é o Senhor do mal?"

Existia uma resposta a ser dada, a qual seria considerada correta, mas podemos entrar em um embate e nos encher de argumentos, mas o que importa é entendermos que Deus está no controle de todas as coisas.
"Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas." Hebreus 4:13.

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Através da Cruz


Era uma noite  fria em um povoado afastando ao norte de Portugal e aquele pequeno jovem acabou por perder-se nas escuras e estreitas rua daquele lugar.
Depois de muito procurar, acabou por ser encontrado por um oficial da esquadra que o interrogou querendo saber o que fazia sozinho tão tarde.
 - Sai para procurar meu cão e acabei por perder-me. Disse o jovem com voz embargada.
- Sabe dizer-me qual a rua onde moras?
- Não sei, mas perto de minha casa há uma igreja com uma cruz bem grande, mostre-me a cruz e saberei como voltar para casa.


Esta história me faz recordar quando encontrei o caminho que, um dia, me levará para casa. Também me faz ver as dificuldades que existem e a responsabilidade por tantas pessoas que ainda não conseguiram enxerga-lo. 
Parece confuso, mas vivemos nossas vidas em busca de tantas coisas que são impostas por um sistema que nos ensina o que é certo e o que é errado. Nossos valores medidos por conquistas profissionais e materiais que nos prometem a “felicidade”, mas a final, o que é tudo isto?

Esta caminhada em busca do que não sabemos ao certo, muitas vezes nos faz perder a direção, outras vezes nos leva a acreditar que chegamos onde tínhamos que estar e nada mais existe além. 
Quando nos deparamos com o vazio que há dentro de nós, o quanto dependemos de circunstancias e pessoas para nos manter firmes, é que percebemos que o sentimento é semelhante ao estar em uma "rua fria e escura ao norte" de qualquer lugar. 

Aquele jovem, com sua pouca idade, sozinho na escuridão, só queria uma coisa, chegar em sua casa e para isto  existia uma referencia que importava, a cruz.
Me fez lembrar o capítulo 1, versículo 18 de I Cor.:  “Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus.”
Fico a pensar no número de pessoas que passavam todos os dias por aquela igreja com sua grande cruz e para muitas delas não existem mensagem alguma ali, mas para aquele jovem era como estar no caminho de sua casa e na proteção de seus familiárias

Estamos perdidos e assim como este jovem, precisamos da nossa referência para encontrar o caminho, "..Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a vindoura." Hebreus 13:14  

Talvez seja uma boa ideia nos lembramos da dúvida que brotou no coração de Tomé, quando questionou Jesus: ".....Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? 
Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim."


Agora conhecemos o caminho, mas assim como aquele jovem de voz embargada, precisamos encontrar  "a cruz" e compreender sua mensagem. Que possamos repetir suas palavras como uma oração a Deus: Senhor, "mostre-me a cruz e saberei como voltar para casa."


quarta-feira, 3 de junho de 2020

Discurso Pessimista

Imagem retirada do site filosofianaescola.com

Hoje muito se fala em "Democracia", mas as definições do que ela significa não é o que estamos vendo cobrarem nas manifestações. Está mais para um desejo de liberdade geral e irrestrita, mas são coisas diferentes e muitos não estão entendendo isto.



Escolhemos um Presidente, independente do acerto ou erro em nossa escolha, aconteceu de forma democrática e esta mesma democracia nos dá o poder de reivindicar quando nos sentimos prejudicados, mas nunca nos esquecendo que existem deveres dos quais precisamos obedecer.

Nossas lutas contra a desigualdade, preconceitos, sejam eles raciais, religiosos ou homofóbicos, são reais, mas para isto precisamos voltar a um princípios que a muito deixamos de lado, saber ouvir.
Não escutamos mais as pessoas e com isto nãos as compreendemos, mesmo assim estamos prontos a responder  com bases em nossos prejulgamentos.

Nossas ferramentas de luta foram nos tiradas paulatinamente nas escolas, a cada dia privavam-nos de uma pequena parcela de conhecimento.
Um livro a menos para ler, uma matéria que julgaram não ser tão importante assim e até aprovação automática mesmo sem o conhecimento suficiente, sem detalhar o baixo investimento. Paralelamente foram nos incutindo outros "conhecimentos" mais adequados aos interesses, hoje sofremos as consequências disto.
Da noite para o dia começamos a sentir que muitas coisas que nos eram importantes e até sagradas, já não faziam mais parte de nossas vidas, perdemos o poder da empatia e colocamos o nome a este fenômeno de “crescimento” ou “amadurecimento”. Fomos sempre desafiados a quebrar barreiras e paradigmas e com isto nossos exemplos caíram por terra.

Hoje todos nós queremos ter voz e até temos ferramentas para isto, mas por mais alto que possamos gritar, são pensamentos desorganizados que não fazem sentido, além disto já não somos ouvidos, porque todos estão a gritar ao mesmo tempo, sobraram poucos com o desejo de escutar e com capacidade suficiente para interpretar um texto. (José Luiz de Paiva)

terça-feira, 17 de março de 2020

Coronavírus

Neste momento tão difícil em  nossa história, que estamos a enfrentando uma pandemia causada por um vírus ( COVID-19), me veio a mente uma passagem da bíblia que sempre me levou a uma situação de descanso em meio as dificuldades e gostaria de compartilhar neste texto.
Autor Desenho: 
Nata Silina
"Ao cair da tarde desse dia, Jesus disse aos discípulos: Vamos atravessar para a outra margem do lago.”  Deixando a multidão para trás, entraram no barco onde ele já estava e começaram a travessia, embora outros barcos os seguissem.  Mas logo se levantou um tão grande temporal, com vendaval e ondas rebentando contra o barco, que este já estava cheio de água.
Entretanto, Jesus dormia deitado na popa, com a cabeça numa almofada. Inquietos, acordaram-no, gritando: “Mestre, não te preocupa que estejamos quase a morrer?” Ele, levantando-se, repreendeu o vento e disse ao mar: “Aquieta-te!” O vento parou e fez-se uma grande calma. E disse-lhes: “Porque estavam com tanto medo? Ainda não têm fé? E tomados de grande espanto, perguntavam uns aos outros: “Mas quem é este, a quem o próprio vento e o mar obedecem?” Marcos 4: 35 a 41.
O primeiro pensamento que me veio a mente, ao ler este texto, foi que não é incomum sentir medo diante de uma situação em que não temos controle e que todos os nossos esforços não parecem ser  suficientes.
Esta pandemia mundial que estamos a enfrentar hoje, ninguém irá nos criticar por sentir medo e até mesmo pavor, afinal somos seres humanos limitados. A nossa maior decisão no meio de tantas incertezas e este sentimento de impotência, é saber quem vamos "acordar" para acalmar esta tempestade e aliviar nossos corações.
A atitude dos discípulos, diante deste cenário de pavor, foi de acordar Jesus, afinal foi Ele quem os colocou naquela situação quando teve a ideia de ir para outra margem. 
Esta passagem da Bíblia é mencionada nos Livros de Mateus, Marcos e Lucas, mas apenas no livro de Marcos ele descreve o momento com um ar de acusação, como se toda responsabilidade caísse na "péssima" decisão de Jesus em fazer aquela travessia.
Me faz lembrar tantas pessoas que são prontos a acusar Deus por catástrofes que acontecem, mas rapidamente se esquecem das decisões e atitudes que levaram a ter estes efeitos.  
Hoje, ao ler este texto ficamos maravilhados  com a atitude de Jesus diante da tempestade, mas não podemos ignorar aqueles que estavam junto a Ele com o coração inquieto, sentido medo, pavor e transferindo responsabilidades diante de uma situação que não tinham nenhum controle, talvez da mesma forma como estamos hoje diante desta pandemia.
Será que algum deles por um instante parou para pensar que Jesus estava no barco  e por isto seria  impossível que ele afundasse?
Quantos de nós hoje nos sentimos confortáveis e cheios de fé para dobrar nossos joelhos e orar por uma cura, para que Deus mostre um caminho e nos livre desta pandemia?
A ideia de ir para outra margem foi de Jesus e Ele  sabia que viria a tempestade, mesmo assim adormeceu, porque tudo estava sob controle.
Contudo, o barco onde estava Jesus não foi o único a enfrentar a tempestade naquele dia, outras embarcações O seguiam, como menciona o texto de Marcos. Podemos imaginar que aqueles tripulantes sentiram o mesmo pavor dos discípulos, com a diferença que Jesus não estava fisicamente no barco com eles. Talvez este cenário seja o mais próximo com o que vivemos hoje, de um mar agitado e nosso barco prestes a naufragar, olhamos para o lado e não conseguimos ver Jesus, porque é mais fácil acreditar no que é palpável e que nossos olhos possam ver. 
Quando Jesus deu ordem aos ventos e ao mar, tudo se acalmou não apenas para Sua embarcação, mas para todas aquelas que estavam navegando, para os que acreditaram em Suas palavras e o seguia. 
Podemos não ver as mãos de Deus em determinados problemas, mas elas estão lá, não sabemos se Ele acalmará a tempestade ou reforçará nossa embarcação para que não naufrague em períodos de tribulações, mas podemos ter a certeza que ao acordarmos (aceitarmos) Jesus para nossas vidas, o mar de incertezas, angustias e ansiedades que existem dentro  de nós, voltará a ter águas tranquilas e calmas.




domingo, 19 de janeiro de 2020

Crente Chato


Não gosto quando estes crentes vem com conversa tentando converter a gente".

Já perdi as contas de quantas vezes já ouvi esta frase, mas acredite, mesmo que nós quiséssemos converter alguém, não conseguiríamos. 
Preciso concordar que algumas pessoas exageram em suas abordagens, mas no geral apenas fazemos aquilo que Cristo nos ordenou.: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura." Marcos 16:15.

A Palavra de Deus é como uma semente lançada, algumas podem cair no caminho e serem pisadas ou comidas por pássaros; outras poderão cair sobre as pedras e brotarem secas, já que não terá umidade; algumas nascerão entre espinhos e estes a sufocarão, mas sempre terá aquela que cairá em boa terra, brotará e dará frutos, como descreve a parábola do semeador, em Mateus 13: 1-9.
Mesmo aquelas que caem em solo fértil, somente Deus consegue fazer brotar e crescer.: "Semeamos e regamos, mas o brotar e o crescimento só quem pode fazer acontece é Deus. I Cor.: 3: 6-8

Quando alguém se dispor a falar do Palavra de Deus, não se preocupem, ninguém é obrigado a aceitar, somos livres para escolher acreditar ou não, o reino de Deus, ao qual nós cristãos acreditamos existir, mas não é endereço obrigatório para quem não crê.

Creio na Bíblia em sua totalidade como regra de fé e pratica, com todas as minhas limitações típicas de qualquer ser humano e pecador, é por isto que confio no poder da oração.
Acredito que o Evangelhos nos dá questões inegociáveis, mas apesar disto, nos mostra a verdadeira liberdade e acima de tudo, nos fala de amor ao próximo. Dentro das nossas divergências sempre existirá o respeito, compaixão e principalmente o amor por cada uma das pessoas.

Quando nos dispomos a manifestar publicamente aquilo em que acreditamos, temos  que ter convicções, mas além disto o mais importante é se despir de toda vaidade intelectual, de toda arrogância e entender que nada sabemos a não ser que precisamos fazer a obra de Deus com Ele no comando de tudo.
Confiamos e temos a certeza que a cada dia estamos mais perto do Reino prometido por Deus, ao qual Jesus foi nos preparar lugar e que temos Nele o "Caminho, a verdade e a vida.." João 14:6


Devemos nos lembrar sempre que não somos perfeitos e se o requisito para levar a Palavra de Deus fosse a perfeição, só Jesus teria pregado o evangelho, mesmo seus discípulos não teriam feito. 
Quando Deus nos deu o privilégio de levar Sua Palavra a toda criatura, é da vida Dele que estamos a falar e não da nossa  e isto nos deixa em paz.
Não se esconda nos defeitos e pecados do mensageiro para deixar de ouvir a mensagem do Criador, não é para nós que terão que se justificar, mas para Jesus.


Gostaríamos muito de ver todos em comunhão e crendo no Senhor Jesus Cristo, mas o meu querer manifesto através das minhas orações e semeando a Palavra, não por decretos ou tentativa de convencimento.
Da mesma forma, e triste ver pessoas em nome da "liberdade de expressão" achar que pode ofender tudo e todos sem consequenciais, desrespeitando pessoas na tentativa de impor seus ideais, isto nada tem a ver com liberdade.

Gosto da frase de Josh McDowell: "O que encontrei no relacionamento com Jesus não foi a ausência de conflitos, mas a capacidade de lidar com ele", e fazemos isto através da Palavra de Deus. 

"Pois a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e as intenções do coração."  Hebreus 4:12