“Me sentindo triste, infelizmente
saindo da igreja, hoje às 21:15hs, com minhas meninas da célula (10 pessoas),
fomos assaltadas por 6 elementos de moto, levaram celulares, carteira, chave de
carro, não temos mais liberdade neste pais, que está dominado por bandidos,
graças a Deus ninguém se machucou, mas peço a oração dos irmãos, pois estamos
abalados, obrigada.”
Li este relato na página de uma
rede social de uma amiga, fiquei bem chateado com a situação, mas ao mesmo tempo
me veio em mente algumas coisas que me deixam bem pensativo.
Infelizmente estamos mesmo a mercê
de bandidos, mas será as igrejas podem exercer algum papel em uma situação que a muito fugiu do
controle dos governantes?
As igreja sempre viveu nos
extremos, antes governava, hoje não exercem nenhum tipo de influência nos
governos (se exerce é velado).
Algumas denominações apoiam a
candidaturas para alguns cargos políticos como deputados e senadores, talvez até financiem, mas isto não podemos afirmar. Por experiência isto já mostrou que não traz um resultado eficaz, para uma maioria, nas questões sociais da população, muitos destes candidatos se perdem em assuntos menos importantes ou questões que são "fora de hora", muitas vezes acabam sendo engolidos. Outros acabam até mesmo se corrompendo
com um sistema que favorece o benefício próprio, salvo algumas exceções.
Ter um representante no governo
requer um entendimento mais abrangente, ao meu ver. Como funcionário público, após ser eleito, ele tem que entender que trabalha para a população e
não, apenas, para a instituição que o apoiou, até porque só conseguiu se eleger
através do voto popular.
Saúde, segurança, emprego,
transporte, qualidade de vida de uma forma geral e habitação, entre outras
coisas importantes, são prioridades imediatas e pouco trabalhadas por estes representantes.
Precisamos ser moderados, a igreja não deve
influenciar os governos de forma a ditar regras, mas precisa acompanhar mais de
perto os interesses da população. A igreja precisa se preocupar de uma forma efetiva as necessidades básicas da população, cobrar mais, vir a
público e mostrar que não estão apensas fechadas em seus templos orando, o que
sem dúvida é fundamental, mas como dizia Martin Lutero: “Devemos orar como se
tudo dependesse de Deus, trabalhar como se tudo dependesse de nós”.
A oração não exclui o trabalho e
nem suas responsabilidades, é importante as igrejas assumirem o seu papel na
sociedade e começar a cobrar mais dos poderes públicos.
Quando me refiro a cobrarem mais, não quero
dizer cobranças de interesses doutrinários, e sim responsabilidades que são
dadas através do voto popular, situações das quais os direitos dos cidadãos
estão sendo deixado de lado. São destas cobranças que me refiro, é justamente
neste pondo onde muitos deputados e senadores ligados as igrejas acabam se
equivocando quando pensam apenas em apresentar projetos, que embora tenham sua importância, mas que se tornam desnecessários no momento presente onde vivemos na
insegurança total.
José Luiz de Paiva
Nenhum comentário:
Postar um comentário