Marcos
12: 29 à 31: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?
Respondeu
Jesus: O primeiro é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.
Amarás,
pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o
teu entendimento e de todas as tuas forças.
E o
segundo é este: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento
maior do que esses.”
Amar o Senhor teu Deus de todas as formas e sobre todas as coisas, é
um amor incondicional, um amor que vem da fé em reconhece-lo como Salvador,
única esperança para nossa vida.
Falar do
amor que precisamos ter para com Deus é como explicar da necessidade que temos
do ar para respirar, com a diferença, entre outras, é que sem Deus realmente
conheceremos a morte.
Amar o teu próximo como a ti mesmo, como conseguir isto se mal conseguimos nos amar?
Paulo
declarou em I Corintios 13:4: "O amor
é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se
ensoberbece, não se
porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita,
não suspeita mal; não se
regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo
sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."
o amor
não é invejoso: O que é a inveja?
Segundo o
dicionário, a inveja é uma palavra do latim invidiã,
significa o desejo de obter algo que outra pessoa possui e que você não tem.
Representa a tristeza ou o pesar pelo bem alheio.
O filosofo Alemão Arthur Schopenhauer (1788 – 18560), disse: “A inveja dos homens mostra
o quando se sentem infelizes, e sua atenção constante às ações e omissões dos
outros mostra o quando se entediam.”
Diria que
a inveja é a incapacidade de repartir, de se alegrar com o bem alheio, a incapacidade de olhar
para uma pessoa e se sentir realizado com o seu sucesso simplesmente por
conhece-la.
Uma situação que exemplifica bem este sentimento, algo que também vivi é o orgulho que o povo manifesta quando um atleta do nosso pais, mesmo desconhecido, se destacava em uma modalidades de um campeonato mundial, é como se este atleta nos representa-se e todas as nossas esperanças estivesse com ele naquele momento, mesmo sem nunca ter o conhecido ou trocado uma palavra.
Uma situação que exemplifica bem este sentimento, algo que também vivi é o orgulho que o povo manifesta quando um atleta do nosso pais, mesmo desconhecido, se destacava em uma modalidades de um campeonato mundial, é como se este atleta nos representa-se e todas as nossas esperanças estivesse com ele naquele momento, mesmo sem nunca ter o conhecido ou trocado uma palavra.
Este
mesmo sentimento não conseguimos ter por pessoas que convivemos, pessoas que
vencem com o mesmo empenho daquele atleta, com a mesma alegria e merecimento. Isto acontece
justamente porque é mais fácil se orgulhar por um “estranho”
do que se alegrar com pessoas que vencem e vivem ao nosso redor.
O amor
não se vangloria:
Li uma
frase uma vez de um autor desconhecido que dizia: “Não fale de sua felicidade a
alguém menos feliz que você.”
Das
poucas coisas que trago em minha memória, esta frase é uma delas, mas não foi
apenas esta frase que me serviu de inspiração, minha mãe era uma pessoa humilde, mas uma das lições que ela me ensinou foi jamais discutir e
descordar de pessoas “inflamadas”. Uma de nossas vizinhas a chamava
carinhosamente de “Dona Concordida”, justamente
porque ela preferia concordar com uma opinião do que provocar uma discussão sem
fim que te levaria a nada.
Entendo
que não podemos aplicar esta sabedora a todas as situações da vida, em muitas
delas precisamos nos posicionar, mesmo contrariando opiniões dos nossos
interlocutores, mas aos 48 anos de vida percebi que em algumas situações é muito melhor seguir os ensinamentos de minha mãe.
Não se ensoberbece:
Se ensoberbecer
é uma expressão significativa de vangloriar-se. Uma das propriedades do
amor é que ele não se vangloria como lemos em I Corintios.
Não se
porta inconvenientemente.
Uma das
situações mais constrangedoras que já vivenciei é quando te usam como exemplo, seja
positivamente ou negativamente, talvez uma das coisas que mais te causa dor e tristeza.
Recentemente
fui conhecer uma igreja próxima de casa e acabei chegando cedo para o culto,
estava praticamente vazia. Foram chegando algumas pessoas e todos que chegavam
ficavam em oração, algumas se ajoelhavam e outras oravam sentadas assim como
também estava fazendo.
Quando
chegou os pastores se dirigiram para as cadeiras que ficavam atrás do púlpito e
ficaram orando ajoelhados, isto por um bom tempo, aproximadamente uma hora.
Quando
terminaram de orar, um deles se dirigiu a igreja e reprendendo disse: “Irmãos, este momento de
oração é para todos aproveitarem, sei que o banco da igreja é confortável,
estofado, mas não e para ficar ai sentado (encenando a situação) e não aproveitar este momento de oração.”
Bom,
senti que aquilo era para minha pessoa, afinal era o único que permaneceu
orando sentando todo o tempo.
De fato o bando da igreja era bem confortável, um dos melhores que já vi. Era um visitante
naquela pela primeira vez, mal conhecia os costumes da igreja, tenho problemas no
meu joelho, fiquei em oração todo tempo, aliás era isto que buscava ali,
mesmo assim fui repreendido e me senti envergonhado e deslocado diante disto.
Mesmo que
aquela advertência não tenha sido dirigida a minha pessoa, o importante
é entender que existem maneiras de se passar uma mensagem e a forma como esta
foi passada não chegou perto do ideal. Ele se portou inconvenientemente.
"Sejam sábios no procedimento para com os de fora; aproveitem aos máximo todas as oportunidades. O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um." Colossenses 4:4,6
"Sejam sábios no procedimento para com os de fora; aproveitem aos máximo todas as oportunidades. O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um." Colossenses 4:4,6
Acordamos
cedo para ir ao trabalho, no caminho enfrentamos verdadeiras maratonas, além do
despertar “preguiçoso” de uma noite de sono, o meio de transporte que não é
adequado, a demora para chegar até lá, o tumulto de pessoas cada uma buscando
seu espaço no coletivo e tantos outros inconvenientes que nos leva a pensar que
só enfrentamos tudo isto porque esperamos dias melhores, um deles é o pagamento mensal.
A vida
nos empurra para pensamentos egoístas, para uma forma de viver onde buscamos
coisas melhores para nós onde cada pessoa deva fazer o mesmo em seu favor.
Como
ensinar alguém que vive uma rotina assim a não buscar seus próprios interesses?
A resposta para
esta pergunta passa por aquilo que lemos no livro dos Salmos, capítulo 37,
versículo 5: “ Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará.”
O que não quer
dizer que devemos abrir mão de tudo o que fazemos, nossos sonhos e objetivos,
apenas afinar as pontas e ver se estamos esperando em Deus ou buscando por nós
mesmos.
Martim Lutero formulou a relação de oração e ação da seguinte forma:
"Hoje tenho muito a fazer, portanto, vou precisar orar muito.
Devemos orar com tanto vigor como se tudo dependesse de Deus e trabalhar com tanta dedicação como se tudo dependesse de nosso esforço".
Martim Lutero formulou a relação de oração e ação da seguinte forma:
"Hoje tenho muito a fazer, portanto, vou precisar orar muito.
Devemos orar com tanto vigor como se tudo dependesse de Deus e trabalhar com tanta dedicação como se tudo dependesse de nosso esforço".
Mas o que isto tudo tem a ver com a busca “do
seu próprio interesse”?
Acredito que uma pessoa que busca apenas
aquilo que é bom para ela, não olha para o lado, não ajuda quem precisa e vive
de forma egoísta, não consegue compreender a verdade que só conseguiremos o que
realmente precisamos se vier de Deus, através de Sua Graça.
Não se
irrita.
FILIPENSES 04:6 “Não
andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos
conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças;..”
No nosso
dia a dia, uma das coisas que nos deixam bem irritados é a ansiedade, a espera
de algo que não acontece, uma noticia que não chega e acaba nos preocupando e
tudo que acontece ao nosso redor nos irrita.
Acabamos
descontando em pessoas que não tem nada a ver com a situação, causando uma
situação bem complicada.
Deus nos
pede para não andar ansioso com nada, tudo acontece no seu tempo certo, nada
está encoberto e esquecido para Deus.
Não
suspeita mal.
Quando comecei
a frequentar uma igreja evangélica, uma das primeiras histórias que ouvi foi sobre uma situação onde o professor da escola dominical perguntava para seus atentos
alunos: “Quem é o senhor do mal?”
Não é difícil
imaginar que as respostas surgiam sempre apontando para um, o diabo, mas o
professor voltando para sua classe dominical explicava: “Não... Deus é o
Senhor de todas as coisas, inclusive do mal.”
Sem entrar no
mérito da questão ou da forma como foi colocada esta situação, a verdade é que
sim, Deus é o Senhor de todas as coisas, e controla todas as situações, esta
verdade nos é suficiente para entender que não precisamos temer o mal. O mal
existe, está no mundo, mas somos felizes quando aceitamos e temos fé nas
palavras do Senhor: I JOÃO 04:4 “Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes
vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo.”
Não se regozija
com a injustiça, mas se regozija com a verdade.
As vezes temos a
sensação, ou talvez seja uma verdade, que vivemos em um mundo de valores
invertidos.
Durante a disputa
da Copa do Mundo no Brasil, uma noticia vinculou por vários dias em diversos
meios de comunicação. Uns torcedores esqueceram ingressos para os jogos dentro
de um táxi, o taxista procurou a pessoa e devolveu os ingressos, em outro
episódio também muito divulgado, um outro torcedor encontrou no chão outro
ingresso e procurou o dono para devolver. Duas situações que, felizmente, em
alguns países são hábitos normais. Os meios de comunicações noticiaram estes dois fatos como algo fora do comum.
Não importa qual
o tamanho de sua ação, mas que seja justa, que busque a verdade porque só assim
poderemos nos regozijar com a justiça, com a verdade, em ver a alegria de alguém que perdeu algo
importante sendo recuperado, uma sensação que não se compra ou substituiu com o
“beneficio” de uma vantagem em cima de outra pessoa.
Esta verdade não
aplica-se apenas em situações como esta, mas também em injustiças cometidas por
nossa língua, calunias e difamações com o intuito de denegrir a imagem de outra
pessoa, simplesmente para vê-la sofrer.
Mesmo que
tenhamos um dia recebido este tratamento de alguém, nada justifica devolver
este mal.
I PEDRO 03:10 “Pois,
quem quer amar a vida, e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os
seus lábios não falem engano;..”
O amor é
isto, passa por tantas coisas, mas jamais perde a fé, jamais deixa de acreditar
que no fim o caminho da justiça nos levará ao Pai. Deus nunca nos disse que seria
fácil, nunca nos prometeu flores em cada esquina sem os seus espinhos.
O
caminhar com Deus é algo inexplicável, situações únicas que não são esclarecidas
ou resolvidas com o nosso entendimento, mas com Sua misericórdia.
A fé talvez
seja a atitude, a ação mais difícil a seguir, falo isto por experiência própria,
mas seja como for é a única solução para uma vida no caminho do Senhor.
O que não
me faz desanimar diante destas minhas dificuldades sobre a fé, é a misericórdia
de Deus, é saber que Ele me perdoa e entende minha condição de pecador, isto
que me faz prosseguir e não desistir.
O que é o
sofrimento quando se tem o consolo de Deus?
Tudo cremos
porque entendemos que nada acontece debaixo do céu sem o Seu conhecimento.
Resolvi
escrever hoje por causa destes dois pontos: “tudo espera, tudo suporta”.
Estamos esperando em Deus a solução para uma situação que não se resolve,
situação de tirar o sono e de sentir que não vamos suportar mais.
Não é
errado se sentir assim, mesmo parecendo que estou indo contra tudo que acabei de escrever acima.
Tudo que foi dito é justamente o que Deus espera de nós, mas não quer dizer que é aquilo que conseguimos alcançar diante dos problemas que enfrentamos.
Tudo que foi dito é justamente o que Deus espera de nós, mas não quer dizer que é aquilo que conseguimos alcançar diante dos problemas que enfrentamos.
A nossa
fraqueza é real, a necessidade de ajuda é verdadeira, o sentimento de solidão
existe e o desejo de desistir vem a cada segundo.
Sim, somo
fracos, é uma verdade indiscutível e que nos atormenta causando todo tipo de
dores, físicas e mentais.
Muitas
pessoas estão passando por isto hoje, neste momento, mas lembra-se do segundo
mandamento mencionado no inicio?
“Amarás
ao teu próximo como a ti mesmo.”
Quando
enfrentamos momentos difíceis temos a necessidade de receber apoio, de nos sentirmos amados, palavras e
ações de ajuda, mas infelizmente são nestes momentos onde menos encontramos
pessoas que compreenda o significado deste mandamento.
Amizades
que se desfazem porque o “amigo” não está mais na fase de festas, mas enfrenta
uma fase de privações.
Isto
também precisamos suportar, entender que estes "amigos" também são fracos e vulneráveis,
um dia poderão estar em situação parecida, situação que jamais gostaríamos de
ver alguém passar e peço a Deus que poupe estas pessoas de passarem por isto.
O que
ainda me faz respirar é a certeza de Deus, e ler em Suas Palavras coisas tão
grandiosas e confortantes.
“Amarás
ao teu próximo como a ti mesmo”, é a forma de Deus nos dizer que mesmo Ele
suprindo toda as necessidades daqueles que O busca, nós precisamos ter empatia
com as pessoas, entender a situação que estão a passar, se compadecer e
estender a mão.
Não é
pecado se sentir impotente diante de situações difíceis, sentir medo e precisar
de ajuda, mas fazemos bem se nestas horas experimentássemos a pratica daquilo
que deve ser permanente em todos os momentos de nossa vida, a fé.
“Não
andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que
nos vestiremos?
(Porque todas estas coisas os gentios
procuram). De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas
coisas; Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas
coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã,
porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.” Mateus
6: 31 à 34
Sim, "a cada dia o seu mal". e este "mal" só conseguiremos vencer em Jesus, porque Ele venceu o Mundo e morreu por nossos pecados.
Sim, "a cada dia o seu mal". e este "mal" só conseguiremos vencer em Jesus, porque Ele venceu o Mundo e morreu por nossos pecados.
Texto de: José Luiz de Paiva
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